Série: A importância dos exames complementares: Raspado Cutâneo

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O exame parasitológico de pele (EPP) constitui-se em uma das técnicas mais utilizadas na dermatologia veterinária para o diagnóstico de doenças parasitárias. Devido ao fato das dermatopatias possuírem, muitas vezes, um aspecto clínico muito semelhante entre sí, este exame é muito importante para ajudar o dermatólogo a chegar ao diagnóstico, confirmando ou descartando que o problema seja causado por um parasita, como um simples ácaro, por exemplo. Assim como nos outros exames complementares, o profissional que se vale do EPP consegue reduzir o “grande leque” de prováveis doenças para o paciente em questão, tornando o processo diagnóstico mais rápido, ético e menos oneroso aos tutores.

Está indicado em casos onde há a suspeita de parasitas dos gêneros:

  • Demodex (presente na famosa Sarna Demodécica);
  • Notoedres (presente na sarna de orelha);
  • Sarcoptes (causador da Escabiose – uma importante zoonose);
  • Cheyletiella

O famoso “raspado cutâneo” faz parte dos exames parasitológicos de pele, sendo de fácil colheita e rápida interpretação, e raramente gera desconforto para o animal quando realizado de forma adequada, podendo a amostra, inclusive, ser colhida a domicílio. A técnica consiste na colheita de material cutâneo através da raspagem da pele (superficial ou profundamente) com o auxílio de uma lâmina de bisturi ou de vidro, que é então depositado em outra lâmina de vidro e analisada em microscópio. As fotos 1 e 2 são exemplos deste exame:

 

Sarcoptes

Foto 1: Sarcoptes scabiei – presente na Escabiose (Sarna sarcóptica) – Acervo: Felipe Cunha

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Foto 2: Demodex canis – presente na Demodicidose (Sarna Demodécica ou Sarna Negra) – Acervo: Felipe Cunha
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Foto 3: Notoedris cati – causador da “Sarna de orelha” – Acervo: Felipe Cunha

 

Embora ainda preferido (e necessário) em determinadas ocasiões, atualmente existem algumas alternativas ao método de raspado profundo ou superficial. Entre estas, estão:

  • Tricografia” ou “Exame parasitológico do pelame avulsionado” (já comentado aqui) onde o pelo e suas características são avaliadas individualmente, incluindo a pesquisa de parasitas;
  • Teste com fita de acetato” (preferido pelo autor deste artigo por ser mais prático e causar menos desconforto no paciente), onde uma “fita durex” é utilizada para a colheita de material a ser analisada.

Somado aos demais exames comentados nesta série informativa (clique para ver mais artigos), o exame parasitológico cutâneo – classicamente representado pelo “raspado cutâneo” – é mais um complemento ao Médico Veterinário que deseja o melhor para os seus pacientes, sendo de fácil colheita e de grande ajuda diagnóstica.

Ficou com alguma dúvida? Entre em contato para saber mais!

Felipe Rosa Cunha

Médico Veterinário Dermatólogo (CRMV/RS 13750)

Atendimentos a domicílio e em clínicas parceiras em Pelotas, Rio Grande e cidades vizinhas.

Agende uma consulta agora mesmo pelo telefone/WhatsApp (53) 99107-1204.

Referências: Tratado de Medicina Externa – Larsson & Lucas. Editora Interbook, 2016.

Fotos: Felipe Cunha

 

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